|
Atualmente técnico do Como, da Itália, e ex-atleta de clubes como Arsenal, Chelsea e Barcelona, Césc Fàbregas concedeu entrevista exclusiva à ESPN e contou sobre o que mais aprendeu ao ter trabalhado como técnicos como Pep Guardiola, Arsene Wenger e José Mourinho, três dos maiores treinadores da história recente do futebol. 2y4o47 “Acho que, taticamente, foi com Pep com quem mais aprendi. Ele sempre estudava o adversário. Ele sempre soube exatamente o que poderiam fazer e dava soluções”, iniciou o técnico. “E é isso que procuro transmitir aos jogadores. Eles sempre precisam de ajuda para identificar o que está acontecendo em campo e acho que o Pep me ajudou muito nesse aspecto para entender coisas diferentes", disse Fàbregas, que, em seguida, falou o que aprendeu com Wenger e Mourinho. “Wenger era um cavalheiro. O que mais aprendi com ele foi a paciência que se deve ter com os atletas. Hoje em dia a paciência não existe por que nós, treinadores, somos frágeis, temos medo de, se perdermos, seremos demitidos. Por isso sempre tentamos compensar colocando os mais experientes e não sempre os melhores”. Sobre Mourinho, Fàbregas disse: “O que eu mais gostava era como ele dirigia o vestiário. Como ele mexe com a cabeça dos atletas, como sabe identificar quem está com pré-disposição mental certa para alcançar o que a equipe precisa naquele momento”. “Não tem medo de fazer mudanças. Lembro que às vezes ele fazia três mudanças no intervalo por que sabia de cabeça como queria as coisas para o segundo tempo. Neste caso, acho que o Mourinho foi muito, muito valente. E sempre nos dizia para seguirmos com a nossa ideia. Se vir um problema, resolva imediatamente. Não deixe ar”, explicou. Para o trabalho atual no Como, Fàbregas tem utilizado um pouco do que aprendeu com Wenger. “Estou gostando muito de trabalhar com os atletas mais jovens. E isso também requer paciência, até por que eles são vítimas de altos e baixos. É preciso colocar um pouco mais de esforço nos treinamentos, mais tempo no geral. Isso é algo que aprendi. Quando quer desenvolver algo, é preciso paciência”, finalizou.
|
